NOTA DE FALECIMENTO – PSICÓLOCO SOCIAL ALFREDO MOFFAT

03/07/2023 14:02

NOTA DE FALECIMENTO

É com pesar que recebemos a notícia do falecimento do psicólogo  Alfredo Moffatt, fundador da Escola de Psicologia Social na Argentina, cujas obras contribuiram para a promoção da dimensão social da Saúde Mental. O mestre foi homenageado em despedida oficial que ocorreu na data de ontem, 2/7/2023, na Biblioteca Nacional da Argentina.


Vídeo disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=GeWJ2SYD06E

17/5/2023, 19h – RODA DE CONVERSA “NOVAS ABORDAGENS DE CUIDADO, CENÁRIOS E PERSPECTIVAS DA LUTA ANTIMANICOMIAL”

16/05/2023 13:06

RODA DE CONVERSA

“NOVAS ABORDAGENS DE CUIDADO, CENÁRIOS E PERSPECTIVAS DA LUTA ANTIMANICOMIAL”

O Grupo de Pesquisas em Políticas Públicas e Saúde Mental tem a honra de convidar a sociedade civil para participar da roda de conversa: “Novas abordagens de cuidado, cenários e perspectivas da Luta Antimanicomial”, dia 17/05 às 19h. Um encontro necessário e importante para quem luta pelas políticas públicas de saúde mental e Reforma Psiquiátrica.

Teremos como convidados Carla de Oliveira, Gabriel Amado e Valdevino Nascimento. Três personalidades que lutam pelas causas de saúde mental.Reunião aberta do GPPS – Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde/Saúde Mental e admissão de novos integrantes.

NÃO PERCAM!!

A transmissão será pelo canal do GPPS UFSC no Youtubehttps://www.youtube.com/channel/UCe711WIl4_Cg0wvSeSsysDw

O QUE?  Roda de Conversa

QUANDO? 17 de maio de 2023, às 19h.

ONDE? No canal do GPPS/UFSC, no youtube.

  • Contato pelo e-mail ufscgpps@gmail.com

RETROSPECTIVA GPPS

01/03/2023 16:05

Polarização política e saúde mental – o que temos a dizer sobre isso?

O GGPS também promoveu, em 2022, uma discussão a respeito da polarização política no Brasil e suas possíveis implicações na saúde mental das pessoas. Diante de inúmeros casos de violência política, da intensificação de conflitos familiares e de rompimentos afetivos, a polarização tem interferido significativamente na convivência entre as pessoas e coletividades, tanto na esfera pública quanto privada, materializando-se no que qualificamos de sofrimento psicossocial.

Além de rupturas no tecido social, a intensificação de posições extremistas e da intolerância política tem dividido a sociedade em torno de dois polos políticos, diferenciando e coisificando as pessoas a partir posicionamento delas, provocando um estreitamento do campo perceptivo entre o “nós” e o “eles”, de forte carga emocional, em que o bom senso tem sido prejudicado e a intolerância a violência tem ocupado o lugar do diálogo.

Estudos apontam que a sensação de medo, insegurança e tristeza, bem como a exacerbação de quadros psiquiátricos de base, estão entre os principais impactos da polarização política na saúde mental. Mas não necessariamente a pessoa desenvolve sintomas depressivos individuais, pois participa-se de uma dor que é coletiva: lidar com os conflitos na família e no trabalho, participar da inquietação das redes e seus discursos de ódio, acompanhar os noticiários pautando ações de extremismo político nos afeta principalmente como cidadãos.

Para o campo da saúde mental em geral e para o GPPS em particular, este fenômeno merece reflexão e pesquisa que visem não só a compreensão de como a polarização política atravessa nosso cotidiano e produz sofrimento, mas também para a construção de estratégias de enfrentamento de seus impactos psicossociais. Que tal saber um pouco mais, com nossa colega Fernanda, sobre o que já fizemos?

Participação nas etapas regionais da Conferência de Saude Mental

Durante o ano de 2022, o Grupo de Pesquisa em Políticas da Saúde / Saúde Mental desenvolveu e esteve envolvido em diversas ações que contribuem para o desenvolvimento da saúde coletiva brasileira.  Realizamos grupos de estudo com temáticas variadas transversais ao campo a saúde; desenvolvemos, discutimos, apresentamos e publicamos artigos, palestras, dissertações e teses e ainda estivemos presentes em espaços importantes para avaliação e construção das políticas públicas de saúde levando nossas contribuições, no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, nas etapas municipais e estadual de Saúde e nas ruas, conversando com a população junto com os movimentos sociais.  Já estamos nos preparando pra retomar os trabalhos em março. Até lá, que tal saber um pouco mais, com nosso colega Gil Tavares, sobre o que já fizemos?

 

Grupo de estudos sobre desinstitucionalização

Durante o ano de 2022, o Grupo de Pesquisa em Políticas da Saúde / Saúde Mental desenvolveu e esteve envolvido em diversas ações que contribuem para o desenvolvimento da saúde coletiva brasileira.  Realizamos grupos de estudo com temáticas variadas transversais ao campo a saúde; desenvolvemos, discutimos, apresentamos e publicamos artigos, palestras, dissertações e teses e ainda estivemos presentes em espaços importantes para avaliação e construção das políticas públicas de saúde levando nossas contribuições, no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, nas etapas municipais e estadual de Saúde e nas ruas, conversando com a população junto com os movimentos sociais.  Já estamos nos preparando pra retomar os trabalhos em março. Até lá, que tal saber um pouco mais, com nosso colega Paulo Renato, sobre o que já fizemos?

Leia o editorial As eleições e a saúde mental dos brasileiros, escrito pelo professor Dr. Walter Ferreira de Oliveira

27/10/2022 22:56

O editorial foi publicado no v. 14 n. 40, 2022, no dia 18 de outubro, na revista Cadernos Brasileiros de Saúde Mental e faz uma análise sobre os efeitos das dinâmicas políticas nas relações interpessoais e na saúde mental dos brasileiros.

Leia na íntegra o editorial através do link: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/91422/51837

 

Próxima live em 19/10/2022 – HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL

16/10/2022 14:09

Em meio a um cenário de desmonte das Redes de Atenção Psicossocial e outros graves retrocessos à Política Nacional de Saúde Mental, Ricardo Teixeira e Erasmo Ruiz debatem a importância da Humanização em Saúde Mental.
Se a Política Nacional de Humanização (PNH) ainda existe para justamente efetivar os princípios do SUS, não seria essa tal Humanização o componente indispensável para levar a efeito a Reforma Psiquiátrica Brasileira?
Como a polarização política que atravessa a sociedade brasileira atualmente contribuiu para o fortalecimento da psiquiatria antiga que privilegia o manicômio e o saber médico no tratamento ofertado às pessoas em sofrimento psíquico?
O que podemos fazer para reativar as forças da Luta Antimanicomial e da defesa do SUS numa época de enfrentamento de uma pandemia que ainda não acabou, tecendo redes com o auxílio das tecnologias de informação e comunicação? Existe luta para além das lives?
Essas e outras questões serão mediadas por Laressa Krefer , durante a Live Humanização em Saúde Mental, organizada pelo GPPS com apoio da Rede Humaniza SUS.

NÃO PERCAM!!

A transmissão será pelo canal do GPPS UFSC no Youtubehttps://www.youtube.com/channel/UCe711WIl4_Cg0wvSeSsysDw

O QUE?  Live “Humanização em Saúde Mental”

QUANDO? 19 de outubro de 2022, às 19h.

ONDE? No canal do GPPS/UFSC, no youtube.

  • Contato pelo e-mail ufscgpps@gmail.com

Confraternização GPPS

27/07/2022 14:28

 

No último dia 22/07, sexta-feira, o grupo promoveu uma confraternização no Kiberlândia, no Centro de Florianópolis, após anos de atividades virtuais.

RECOVERY NA ABP

13/07/2022 13:25

RECOVERY NA ABP

Walter Ferreira de Oliveira e Políbio de Campos

No dia 13 de maio de 2022 (dia da abolição da escravatura e na semana da Luta Antimanicomial) José Alberto Orsi, presidente da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Esquizofrenia (ABRE) e Mário Cesar Rezende Andrade, professor da Universidade Federal de São João Del Rei, ministraram a aula “Recovery: hora de colocar na prática?” no curso anual de atualização em esquizofrenia da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Além de discutir temas como Gestão autônoma de medicamentos (GAM), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e Diálogo aberto, eles ressaltaram que a abordagem Recovery não pode ser apenas usada estrategicamente como um discurso abstrato em prol de uma suposta humanização e finalizaram com o relato de José sobre sua experiência vivida de superação, como usuário de serviços de saúde mental.

Frente ao público da ABP os palestrantes apresentaram evidências a favor do cuidado em liberdade, dos tratamentos menos invasivos e da superioridade das intervenções intersetoriais baseadas na interdisciplinaridade. Discutiram o estado da arte do trabalho em Saúde Mental baseado na experiência vivida, nas narrativas dessas experiências e no suporte de pares. E mostraram um compilado de metanálises e revisões sistemáticas que apontam inequivocamente para a eficácia do Recovery.

A presença de defensores do paradigma da Atenção Psicossocial em um evento da ABP pdde suscitar críticas entre grupos que não aceitam qualquer interação com essa Associação, que reiteradamente defende posições antireformistas na Saúde Mental. Outros, diferentemente, consideram que o diálogo, como pilar da Democracia, deve ser buscado, mesmo em condições de adversidade.

Ao analisar os rumos da Saúde Mental no Brasil não se pode deixar de refletir sobre o papel da ABP e sobre as reais potecialidades de ela se inserir em um diálogo contributivo à saúde da população. A produção de saúde, conforme preconizado no âmbito do SUS, depende não só de macro estruturas sociais, políticas e econômicas. Estas devem estar em sincronia com o desenvolvimento de interações dialógicas no nível micro social. Neste sentido, as associações profissionais, assim como diversas outras instituiçoes, têm papel crucial e grandes responsabilidades.

Existem filiados, departamentos e setores da ABP realmente interessados em abrir diálogo e discutir caminhos progressistas para a Saúde Mental. Por outro lado, a direção política da ABP já há longo tempo rompeu explíciamente com os preceitos do movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Nesse caminho, em 2006 a ABP produziu, em colaboração com a Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos as “Diretrizes para um modelo de assistencia integral em saúde mental no Brasil”. Estas diretrizes foram adotadas pelo CFM, em 11/6/2010, através da  Resolução CFM nº 1.952, revogando resolução anterior que  adotava princípios para a proteção de pessoas acometidas de transtorno mental e para a melhoria da assistência à saúde mental.

As diretrizes da ABP adotadas pelo CFM, apesar de utilizar diversas vezes  as palavras “ciência” e “científico”, são  calcadas  de referências “cinzas”, desprezando um vasto corpo de pesquisas e experiências legitimadas no campo científico e não tomando conhecimento dos avanços trazidos pela Reforma Psiquiátrica Brasileira e pela abordagem Recovery, entre outras, já reconhecidos nacional e internacionalemente à época. A Resolução do CFP sequer cita o documento “Mental health: new understand, new hope”, de 2001 e, pior, distorce a ideia do cuidado hospitalar no modelo balanceado e integrado de base  comunitária, preconizado pela OMS. Nos documentos originais em que se baseia este modelo, particularmente o artigo “The balanced care model: the case for both hospital- and community-based mental healthcare” de  Graham Thornicroft e Michelle Tansella, publicado em 2013, fica claro que o cuidado hospitalar do modelo balanceado não se refere aos hospitais psiquiátricos tradicionais e são mais próximos a leitos em hospitais gerais ou leitos específicos para a crise.

A OMS, nos documentos citados e em outros que os seguiram, recomenda peremptoriamente, com base em sólidas evidencias científicas, a atenção comunitária à saúde mental. A  ABP, em uma  re-edição de suas Diretrizes, em 2020, continuou ignorando as evidencias, boas práticas e experiências de sucesso do cuidado em liberdade, da abordagem Recovery e do modelo de atenção adotado no âmbito da Reforma Psiquiátrica Brasileira, extensamente apresentadas em diversos documentos da OMS e inúmeras publicações nacionais e internacionais. O núcleo dirigente da ABP promove, desta forma, a desinformação. Além disso, a Associação vem se mostrando seriamente comprometida com grupos político-partidários identificados com a chamada “extrema direita” e que costumam atuar de forma antidemocrática, autoritária e detratrora dos direitos humanos e da cidadania.

A ABP tem tido notória influência no Ministério da Saúde. Os últimos coordenaores de saúde mental do MS são fortemente com ela identificados, inclusive o atual coordenador. A política sobre Álcool e outras Drogas foi entregue ao Ministério da Cidadania quando era seu ministro o atual deputado Osmar Terra, consolidando-se então a Secretaria de Cuidados e Prevenção às Drogas – SENAPRED, para cuja direção foi nomeado o até então coordenaor de saúde mental, Quirino Cordeiro Jr., também fortemente identificado com a ABP. Nessa configuação o Ministério publicou, em 2017, o que chama de “nova política de saúde mental” que gerou grandes protestos de diversas instituições científicas e defensoras dos Direitos Humanos. Esta “nova política” privilegia, entre outros, a disseminação do uso de eletrochoques e o favorecimento financeiro de instituiçõs asilares, como as comunidades terapêuticas e os hospitais psiquiátricos, usualmente referidos como manicômios.

Em suas  manifestações, intervenções, iniciativas e ações a ABP, os novos coordenadores de saúde mental e de álcool e drogas, bem como representantes políticos ligados ao atual governo, têm se caracterizado como parte estruturante de um movimento ideológico anti-reforma, antidemocrático e negacionista. Seu discurso é permeado por ataques à legalidade, particularmente à Lei Federal 10.216/2001, e contrário aos avanços inegáveis da Ciência em Saúde Mental.

A aula de José Orsi e Mario Andrade é uma importante mensagem à ABP a favor de um sistema de Saúde Mental mais justo, mais democrático, mais solidário , mais eficiente e mais eficaz. Esperamos que esse momento seja aproveitado para despertar reflexões que possam contribuir para qualificar a participação da Associação Brasileira de Psiquiatria nos grandes debates do campo da Saude Mental em nível nacional e internacional. Para muitos, isso pode soar como ingenuidade ou excessivo idealismo. Mas, como sempre nos alertaram Nise da Silveira, Franco e Franca Basaglia, Franco Rotelli, Ronald Laing, Paulo Freire e tantos outros que sustentarm embates em terrenos hostis, através de problematizações e da provocação ao pensar, podemos sempre ser elementos de transformação … é a nossa luta e é o nosso desafio.

 

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